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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Cinema: O tempo e o vento



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Rio Grande do Sul, final do século XIX. As família Amaral e Terra-Cambará são inimigas históricas na cidade de Santa Fé. Quando o sobrado dos Terra-Cambará é cercado pelos Amaral, todos os integrantes da família são obrigados a defender o local com as armas que têm à disposição. Esta vigília dura vários dias, o que faz com que logo a comida escasseie. Entre eles está Bibiana (Fernanda Montenegro), matriarca da família que recebe a visita de seu falecido esposo, o capitão Rodrigo (Thiago Lacerda). Juntos eles relembram a história não apenas de seu amor, mas de como nasceu a própria família Terra-Cambará.

A história se passa no Rio Grande do Sul, final do século XIX. As família Amaral e Terra-Cambará são inimigas históricas na cidade de Santa Fé. Quando o sobrado dos Terra-Cambará é cercado pelos Amaral, todos os integrantes da família são obrigados a defender o local. Entre eles está Bibiana, matriarca da família que, junto com seu falecido esposo, Capitão Rodrigo, relembram a história não apenas de seu amor, mas de como nasceu a própria família Terra-Cambará.

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Uma obra tão significante para a literatura brasileira conta com um elenco de grandes talentos. Na pele da matriarca Bibiana temos Marjorie Estiano e Fernanda Montenegro. O boa praça Capitão Rodrigo é interpretado por Thiago Lacerda. Cleo Pires e Suzana Pires dividem a personagem Ana Terra, uma mulher que sobreviveu a grandes perdas e conseguiu reconstruir sua vida em Santa Fé. Luiz Carlos Vasconcelos interpreta o pai de Ana, Maneco Terra. Ainda contamos com Paulo Goulart, Leonardo Medeiros e José de Abreu que representam a família inimiga: os Amaral.

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A primeira sequência de O Tempo e o Vento se posiciona no cerco proposto pela família Amaral à propriedade dos Terra-Cambará. Inimigos a décadas, a rivalidade entre as famílias começou quando o Capitão Rodrigo (Thiago Lacerda) desposa a jovem Bibiana (Marjorie Estiano), frustrando os planos de casamento do filho do Coronel Ricardo Amaral Neto (Paulo Goulart). Nesse momento, acompanhamos o que parece ser o espírito do já finado Capitão Rodrigo ao encontro da senil e enferma Bibiana. Revestido de sentimentos sinceros, nesse reencontro entre amantes de outrora, rendem os melhores momentos do filme. Conforme o casal vai conversando, fatos marcantes do passado vão vindo à tona, desde a época da avó de Bibiana, Ana Terra (Cléo Pires, na fase jovem). 

Essa volta no tempo, emoldurada em um fotografia que remete aos clássicos do cinema norte-americano, procura remontar a história da família Terra desde quando Ana Terra se apaixonou por um mestiço de índio. Depois desse flashback inicial, a narrativa nos leva para a cidade recém-fundada pelo Coronel Amaral (José de Abreu). Lá, Ana Terra vai criar seu único filho Pedro Terra, e se torna uma espécie de figura mítica, fazendo a maioria dos partos das mulheres locais. Enquanto isso, as guerras que circundam a região são tratadas como meras lembranças entre os personagens.

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Ana Terra de uma lânguida (Cléo Pires) é representada como menina sem prumo e rebelde, enquanto sua versão mais velha, interpretada por (Suzana Pires), se resume a aparecer cortando o cordão umbilical dos recém nascidos. Já Bibiana (Marjorie Estiano) sequer consegue se impor, com poucas falas e amplamente diminuída pela força do Capitão Rodrigo (Thiago Lacerda). Dessa proposta de identificar a audiência com a firmeza do elenco feminino, somente se sobressai com eficiência a Bibiana de (Fernanda Montenegro), essa sim em uma atuação digna. 

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Por tentar fazer uma trama mais humana e menos histórica acabou-se focando demais nos romances (em especial no de Ana Terra e Pedro Missioneiro) e deixou de lado todo o porque se motivaram as guerras (em especial a revolta Farroupilha). Justificavam-se os amores, mas não justificavam-se os horrores.

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Em fim, ao tentar condensar três partes distintas da trama em um único filme, deixou a história corrida e superficial demais. Era impossível se aprofundar muito em cada personagem pois ele "envelhecia" rapidamente.

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Não há dúvidas de que a leitura de O tempo e o vento não é fácil. O livro conta com três partes e sete livros. Só o filme foi baseado na primeira parte, “O Continente”, que são dois volumes. Esse seria o primeiro alarde para não adaptá-lo ao cinema. Um livro difícil de ler e uma história difícil de ser contada para as telas. Sua adaptação dá a sensação de que o filme é interminável. As horas passam, os clímax são apresentados, o desfecho acontece e a história continua.  

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